Pelo facto de o Google Book Search ser o maior projecto na área das bibliotecas nas últimas décadas, senão dos últimos séculos ou até de sempre (em face das gigantescas proporções que está a assumir) entendi destacar algumas etapas do mesmo.
Este audacioso projecto foi idealizado desde os próprios primórdios do Google, em 1996 (o Google foi oficializado em 1998). Inicialmente o projecto foi inspirado noutros projectos congéneres: American Memory (Biblioteca do Congresso), Projecto Gutenberg, Million Book Project (Internet Archive) e no Universal Library (Carnegie Mellon University), etc.
Em 2002 Larry Page sabendo que o projecto de digitalização de sete milhões de volumes das bibliotecas da Universidade de Michigan estava estimado em mil anos, solicitou uma reunião com o presidente da Universidade e assegurou-lhe que o Google fazia o mesmo trabalho em apenas seis anos.
Entretanto este projecto passou por diversas fases sobretudo envolvido em questões técnicas e desenvolvimento de tecnologia conforme a um processo rápido e eficiente de digitalização.
Seguiu-se em meados de 2004 o estabelecimento de uma parceria com a Universidade de Oxford (Biblioteca de Bodleian). Em Outubro, na anual Feira do Livro de Franfurt, foi levantado o véu do projecto à comunicação social. Mas só quando o Google estabeleceu parcerias com as restantes instituições: a Universidade de Stanford (Green), Harvard (Biblioteca Widener) e a Biblioteca Pública de Nova York é que anunciou oficialmente o projecto, na altura com o nome de Google Print.
O Google estabelecera entretanto então acordos também com importantes editores comerciais como: Blackwell, Cambridge University Press, the University of Chicago Press, Hyperion, McGraw-Hill, Oxford University Press, Pearson, Penguin, Princeton University Press, Springer, Taylor & Francis, Thomson Delmar, Warner Books, etc.
O Google Print afirmou-se desde logo como o maior projecto de sempre do Google, o que ainda se mantém até aos dias de hoje. Suscitou, sobretudo desde 2004, inúmeras adversidades essencialmente por parte de alguns editores (sobretudo universitários) e de alguns países europeus francófonos e germanófilos. Em Maio de 2005 afixei noutro blogue uma série de quatro posts sobre este projecto (A, B, C, D) e a marcada reacção (mesmo confrontação) do universo francófono.
Na Feira do Livro de Frankfurt seguinte, Outubro de 2005, o Google expressa que está receptivo à entrada de bibliotecas europeias, desde que elas apresentem projectos conformes. Em Novembro de 2005 o projecto é renomeado para “Google Book Search”, para ser um nome mais consensual (e menos dúbio). No mesmo mês, o Google dona 3 milhões de dólares à Biblioteca do Congresso para o projecto da “World Digital Library” e estabelece um acordo com esta para digitalizar determinadas obras dessa Biblioteca.
Apenas em 12 de Agosto de 2006 foi de novo estabelecida nova parceria, tendo sido a eleita a Universidade da Califórniam que também é a biblioteca com maior acervo de obras até ao momento. A partir daí, à média de uma por mês, têm entrado novas universidades (e respectivas bibliotecas) como a Complutense-Madrid, Wisconsin-Madison, Virgínia, Texas, Princeton e as principais bibliotecas da Catalunha.
Posts no BeP sobre acordos firmados entre o Google (Book Search) e:
Informação externa ao BeP:
ver ainda: As Bibliotecas Digitais do Futuro da Universidade de StanfordEtiquetas: Bibliotecas Digitais e Virtuais, Bibliotecas e o Google, Informática Internet e Bibliotecas, Livros e Leitura, Projectos / Iniciativas Internacionais |